Nestes doentes, o risco clínico de progressão para CHC foi assumido como idêntico ao do doente com HBC e carga viral indetectável. Quarto, em relação ao risco de progressão da doença foi assumido que doentes em supressão viral não estariam em risco de progressão de HBC para CC e de CC para CD9 and 10. Em doentes com carga viral detectável, o risco de progressão assume-se independente do nível de replicação viral. Tal pressuposto não acautela, portanto, o facto de a progressão poder depender, de forma mais gradual, do nível dessa replicação46. Efetivamente, no estudo REVEAL52, a razão de chances (odds ratio) do número de casos de cirrose, face a doentes
com ADN-VHB http://www.selleckchem.com/products/17-AAG(Geldanamycin).html < 1000 cópias/mL, aumenta proporcionalmente com o nível de ADN-VHB. Acresce que as taxas de progressão utilizadas são também uma aproximação. As taxas de progressão de HBC para CC (de acordo com o padrão de AgHBe) foram assumidas como sendo iguais aos limites superiores reportados por de Francis et al. 31 d. Para as taxas de progressão de CC para CD (assumida como idêntica PLX3397 clinical trial nos 2 padrões de AgHBe) foram utilizados os dados reportados por Idris et al. 3 à semelhança do pressuposto utilizado no estudo de custo-efetividade do tratamento da HBC em Espanha 14. Quinto, em linha com os resultados publicados por Liu et al.53, assume-se que o risco clínico de CHC ou TH é dependente
da carga viral mas independente do padrão de AgHBe. Relativamente à diferenciação do risco clínico de CHC, em função da supressão viral ou ausência desta, deve referir-se que, no estudo recentemente publicado por Papatheodoridis et al.54, não foi encontrada evidência Thalidomide de que a supressão
viral prevenisse o CHC em doentes AgHBe-negativos com cirrose. Apesar das limitações e estimativas necessárias para concretizar este estudo, os resultados alcançados demonstram a dominância de uma das terapêuticas avaliadas. Concretamente, de acordo com a análise realizada o medicamento TDF é uma alternativa dominante, quando comparado com ETV no tratamento oral da HBC, uma vez que gera menores custos e maior efetividade. A análise de sensibilidade confirma este resultado para diferentes cenários em que adotamos variações de grande amplitude dos parâmetros do modelo (custos e efetividade). Assim, os resultados ora produzidos constituem um importante contributo como informação de apoio à decisão terapêutica, numa ótica de valorização e otimização dos recursos disponíveis (e escassos) no sistema de saúde português. O estudo de avaliação económica foi financiado pela empresa Gilead Sciences. O estudo foi desenvolvido de forma independente, sem que lhe tivessem sido impostos quaisquer condicionalismos sobre os resultados por parte do financiador. Assim sendo, as opiniões aqui expressas são fruto da análise e interpretação dos autores e não refletem necessariamente outros pontos de vista. J. Areias, A. Carvalho, G. Macedo, R. Marinho, L.